Dia 24 de julho de 2020.
Quando se fala em economia, muitas projeções são feitas na tentativa de mapear a direção dos próximos passos. O que parece evidente no momento é que o Pix e o Open Banking serão fundamentais para trazer mais dinamismo e competitividade ao ecossistema financeiro do Brasil.
Com o Pix, como já destacamos, será possível realizar transferências e pagamentos entre pessoas, empresas e governo a qualquer hora do dia, inclusive aos finais de semana e feriados. Atualmente, durante operações como DOC ou TED, é necessário que seja informado dados como banco, agência, conta, CPF e nome completo do destinatário. Com o sistema criado pelo Banco Central (BC), apenas um dado que será cadastrado pelo destinatário precisará ser informado para realizar a operação. Outras maneiras de pagar e receber serão os QR Codes e links.
No atual modelo oferecido pelos grandes bancos, em operações como DOC e TED são cobrados valores de até R$ 10. Com o Pix estes valores terão uma drástica queda, visto que o custo operacional será de R$ 0,01 a cada dez transações e quem pagará por este valor será a instituição financeira que receberá a transferência. O Pix também será um forte concorrente dos cartões, sendo inicialmente uma “ameaça” maior aos de débito. Existem futuras propostas para que o modelo ofereça compras parceladas, tornando-o concorrente dos cartões de crédito.
Já o Open Banking permitirá que as pessoas possam movimentar suas contas a partir de diferentes plataformas e não só pelo aplicativo ou site do banco, além de oferecer aos usuários maior liberdade e autonomia diante das instituições financeiras. Atualmente, migrar de um banco para outro é um processo que contém inúmeros entraves burocráticos, o que acaba dificultando a busca por um novo serviço em outra instituição, e quando o cliente finalmente consegue, tem que começar um relacionamento do zero com o novo “parceiro”. Com o Open Banking, ao realizar este tipo de mudança, a nova instituição poderá ter acesso ao histórico do cliente, podendo a partir disso oferecer um melhor pacote de benefícios, por exemplo.
Tudo isso traz grandes mudanças em termos de proteção de dados e exige uma série de regulamentações. Mas todo o trabalho promete valer a pena, e as duas novidades devem fomentar o sistema financeiro brasileiro, deixando-o mais aberto e competitivo. “O que deve contribuir para que a atual crise não tenha como rescaldo um aumento da concentração”, afirmou o diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, em live realizada pelo jornal Valor Econômico. Segundo a publicação, as duas estruturas foram construídas de forma a permitir a participação de bancos grandes e pequenos, instituições de pagamentos, fintechs e empresas de tecnologia. “Com o open banking, a desconcentração será uma consequência, mas o ambiente será mais competitivo”, afirmou Mello ao Valor. Este modelo será obrigatório para os grandes e médios bancos. Já as fintechs terão entrada facultativa, mas, ao optar pelo sistema, devem compartilhar informações.
Por outro lado, segundo Pinho de Mello na mesma entrevista, o Pix terá a participação obrigatória por parte das maiores entidades financeiras e de pagamentos: “A obrigatoriedade visa unicamente a disseminação do Pix, dando ao consumidor poder de escolha”. Mesmo sendo facultativa para as instituições de menor porte, um elevado número de interessados já realizou inscrição para aderir ao serviço.
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