Desde o início do ano, o Open Banking tem sido um assunto quase que diário dos principais portais de notícias brasileiros, e não somente daqueles especializados em mercado financeiro. Nós, da Phi, também temos acompanhado tudo que rola para deixar você por dentro das novidades. Você sabia que, recentemente, ocorreram mudanças no calendário de implementação das fases do sistema?
Anteriormente, o calendário do Open Banking previa que todas as suas fases fossem concluídas até 30 de agosto deste ano, mas, a integração dos meios de pagamento ao Open Banking deve ocorrer de maneira escalonada até o dia 30 de setembro do ano que vem. Essas mudanças são decorrentes de um acordo feito entre o Banco Central (BC) com os bancos e as fintechs.
O que está por vir na terceira fase do Open Banking?
A partir desta sexta-feira, 29, será iniciada a penúltima fase do Open Banking. Nela, acontece o o compartilhamento rápido e seguro de dados para transações de pagamento, o que traz mais agilidades às compras feitas pela internet via Pix e, posteriormente, através de outros meios de pagamento eletrônicos também.
A partir dessa fase, com a liberação de iniciadores de pagamento, o consumidor poderá realizar pagamentos direto em sites e apps de lojas virtuais, sem precisar sair e abrir o aplicativo do banco ou instituição financeira pela qual realizará a transação, tornando a experiência de compra muito mais fluida.
“Da mesma forma que você efetua pagamento por meio do cartão de crédito sem precisar acessar o site ou aplicativos das instituições financeiras, o open banking vai permitir esses novos arranjos de pagamento, sempre com consentimento do usuário e de forma segura” disse Gustavo Bresler, gerente de estratégia da plataforma de open banking Quanto, autorizada pelo BC para oferecer o serviço de iniciadores de pagamento via Pix nessa fase.
Isso permitirá o acesso a serviços financeiros de modo mais prático, através de canais mais apropriados para os usuários. Mesmo assim, o processo se manterá seguro, de acordo com o Banco Central. Vale lembrar que nesses casos, o compartilhamento de informações também só acontece com a autorização prévia e específica do cliente.
Integrando o Open Banking ao Pix
Nesta nova fase do Open Banking os clientes que utilizam o Pix poderão realizar pagamentos por meio de plataformas que não sejam especificamente as das instituições financeiras. Essas transações poderão ser efetuadas através de aplicativos de varejistas e de redes sociais.
Caso o usuário deseje realizar uma compra pela internet, por exemplo, ele não precisará interromper o processo e abrir o aplicativo do banco. Nesta situação, o iniciador de pagamento acaba sendo o próprio site do e-commerce e neste ambiente ele pode efetuar o pagamento e finalizar a compra. Atualmente, os usuários do Pix precisam copiar e colar a chave identificador ou utilizar um QR Code, isso acaba tornando o processo mais demorado.
Importante lembrar que, para que isso aconteça, a empresa precisa estar autorizada pelo Banco Central a fazer esse tipo de operação. Com esta integração dos sistemas, o BC espera que ocorra uma maior concorrência entre instituições financeiras e varejistas. Além disso, a autarquia monetária acredita que o sistema poderá gerar a redução dos juros cobrados aos consumidores.
ITP: fazendo a integração dos sistemas
Para esta penúltima fase o intermediador será o Iniciador de Transação de Pagamento (ITP). Os ITPs são empresas que possuem consentimento do BC para iniciar pagamentos e transferências para os usuários. Mas qual é a função de um ITP? Ele tem por objetivo criar vínculos entre as instituições as quais os clientes possuem contas e o pagador. Ao realizar uma movimentação, a quantia não passa pelo iniciador de pagamentos.
Apesar de estar ocorrendo desde outubro do ano passado, alguns players receberam somente em 2021 a autorização do BC para se tornar um iniciador de pagamentos, como por exemplo, o WhatsApp. Com a implementação da terceira fase do Open Banking, o iniciador de pagamentos poderá efetuar transações disponibilizando o sistema Pix. Mesmo com as mudanças, o Pix que já conhecemos seguirá funcionando da mesma forma e os usuários poderão escolher de que maneira irão efetuar a transação.
Mas, como saber que o ITP é confiável? Para isso, os usuários podem acessar o site do Banco Central e verificar se o ITP possui a autorização concedida pela entidade.
O calendário
Desde que surgiram as primeiras notícias com relação ao Open Banking, as datas já foram alteradas algumas vezes. Confira abaixo a última a atualização de calendário feita pela entidade monetária para a fase 3:
- 29/10/21 – Pagamento com PIX
- 15/02/22 – Pagamentos com TED e transferência entre contas na mesma instituição
- 30/06/22 – Pagamento de boletos
- 30/09/22 – Pagamentos com débito em conta
De acordo com o Banco Central, para o encaminhamento de proposta de crédito, a data prevista de implementação é 30/03/2022. Nesta data, os clientes poderão solicitar diretamente nos ambientes eletrônicos propostas de crédito, como empréstimos e financiamentos, em uma ou mais de uma instituição financeira ao mesmo tempo. Isso permitirá que o cliente faça uma análise entre as instituições, na qual ele poderá comparar taxas, prazos e outras condições.
Para o dia 15 de dezembro deste ano está previsto o início da fase 4 do Open Banking. Nela, acontecerá o compartilhamento de informações sobre produtos de investimentos, previdência, seguros, câmbio, entre outros.
Você deseja saber os próximos passos do Open Banking e ficar por dentro das novidades que acontecem no mercado financeiro e de tecnologia? Acompanhe as postagens em nosso blog, nos siga nas redes sociais e ouça nosso podcast todas às quintas-feiras no Spotify ou no Soundclound. Vem com a Phi!
Fontes:
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/openbanking
https://istoe.com.br/como-sera%E2%80%AFa-integracao-do-open-banking-ao-pix/
https://fdr.com.br/2021/10/18/open-banking-inicia-nova-fase-com-uso-do-pix-partir-deste-mes/