Com a chegada de novas ferramentas ao mercado, é comum que algumas acabem caindo em desuso. É o que deve acontecer com as moedas em espécie no Brasil, especialmente por causa do Pix. O meio de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central se tornou aliado dos consumidores e das empresas, que encontraram na ferramenta uma forma de fazer transações cada vez mais rápidas e desburocratizadas. Como um efeito cascata, isso tem feito com que novas mudanças aconteçam. A sétima edição do relatório The Global Payments Report 2022, da Worldpay from FIS, divulgado no VTEX Day, apontou que o meio de pagamento instantâneo deverá substituir também as transferências bancárias, que existem desde 2002, já que o Pix se tornou o preferido dos brasileiros tanto no comércio eletrônico quanto em Pontos de Venda (PDV).
Mudança de cenário
Atualmente, as transferências representam 11% dos meios de pagamento usados em comércio eletrônico no Brasil. Com o aumento na utilização de ferramentas eletrônicas na hora de pagar, o uso de dinheiro em espécie tem sido menos utilizado e, de acordo com o estudo, o “dinheiro vivo” deve ser cada vez mais raro nos PDVs.
A estimativa é de que a utilização do dinheiro em espécie fique abaixo dos 25% até 2024. Por outro lado, deve ocorrer o aumento no uso do crédito (35% em 2021) e débito (21,6%) tornando-se os responsáveis por mais de 60% dos gastos nos PDVs até 2025. Já o uso de carteiras digitais deve ter o aumento de 30%.
O comércio eletrônico no Brasil segue em ritmo acelerado de crescimento. Somente em 2021 ocorreu uma alta de 16% em comparativo com o ano anterior, de acordo com o estudo. O meio de pagamento mais utilizado pelos consumidores brasileiros são os cartões de crédito, que representaram cerca de 44,7% do valor das transações do comércio eletrônico no ano passado. As transferências bancárias, cartões de débito, carteiras digitais e boletos bancários renderam, cada uma, mais de 10% dos gastos com comércio eletrônico.
Os motivos por trás das transformações
De acordo com o The Global Payments Report 2022, existem diversos motivos que fizeram com que os usuários migrassem da moeda em espécie e cartões de crédito e débito para as carteiras digitais e BNPL (do inglês Buy Now, Pay Later).
Alguns dos aspectos que contribuíram para essa redução no uso dos cartões de créditos são o aumento de métodos de pagamento alternativos, a migração de volume para carteiras digitais vinculadas a crédito e débito, a opção por crédito sem juros na forma de BNPL e mercados verticais centrados em crédito.
Pelo lado dos cartões de débito, de acordo com o Bank of America (BofA), o Pix está substituindo as transferências de dinheiro entre peer-to-peer (P2P) de baixo custo, que incluem dinheiro e transferências bancárias. Este movimento acontece porque o sistema elaborado pelo BC é simples e fácil de ser utilizado, além de possuir liquidação instantânea e não ter custo.
Na América Latina, somente no ano passado, as carteiras digitais representaram 19,2% dos gastos no comércio eletrônico. Existe a estimativa de que para 2025 este número seja ampliado para 25% do valor das transações.
Dentro do território latinoamericano, os mexicanos foram os que mais usaram as carteiras digitais, chegando a representar cerca de 27% do valor das transações em 2021. Para 2025, espera-se que os números cheguem próximos de 36% de participação.
Com o aumento na utilização do comércio eletrônico, a conjuntura para os próximos anos é positiva para os métodos de pagamentos alternativos. Com isso, devem surgir novos adeptos ao Pix e demais ferramentas que venham a ser criadas.
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Fontes:
https://fintechsbrasil.com.br/2022/04/13/pix-vai-substituir-transferencias-bancarias-uso-de-dinheiro-em-especie-caira-a-metade-e-de-carteiras-digitais-vai-crescer-30-ate-2024-diz-estudo/
https://www.suno.com.br/noticias/pix-pode-substituir-cartao-debito-bofa/