15 de maio de 2020.
“Não pode haver mais diferença entre um grande banco ou uma fintech. Todas as instituições financeiras precisam ser digitais.” Foi o que disse Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em um evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), conforme publicação do site Época Negócios. Ou seja: usar a tecnologia para melhor atender o cliente não deve ser exclusividade de uma startup financeira, mas, sim, uma característica de toda a instituição bancária que pretenda manter e conquistar clientes atualmente.
A facilidade para guardar e interpretar dados vem revolucionando o modo como vivemos. E esse acervo de informações pode ter inúmeras funções. Sem dúvida, compreender melhor a jornada do cliente, conhecendo seus hábitos e preferências, é uma das formas mais populares que as empresas e instituições bancárias acharam para aproveitar essa verdadeira biblioteca digital, formada pelos rastros que deixamos nas operações online que realizamos todos os dias. Em qualquer negócio, conhecer melhor o cliente é a chave para oferecer serviços cada vez mais segmentados – e assertivos.
Além de oferecer melhores soluções e conquistar usuários, a digitalização do sistema financeiro apresenta outras possibilidades. A maior competitividade dentro do setor é uma delas. Esse aspecto, inclusive, é incentivado pelo Banco Central, que vem facilitando o acesso de diferentes tipos de instituições financeiras no mercado. Um estudo da consultoria PwC em parceria com a Associação Brasileira de Crédito Digital sobre fintechs de crédito aponta que a escassez de crédito é um obstáculo antigo à expansão da economia no Brasil, mas que a revolução tecnológica e as novas formas de fazer negócios financeiros no mundo digital vêm alterando esse quadro.
Um artigo publicado em 2019 pelo administrador Otavio Dias Freitas ajuda a compreender esse processo de transição para o digital e os impactos na rentabilidade dos investimentos dos bancos tradicionais em tecnologia. “O perfil de investimento em tecnologia por parte dos bancos vem mudando ao longo dos últimos anos. A aquisição e desenvolvimento de softwares superou o de hardwares a partir de 2014, conforme identificado pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN, 2018), sendo responsável por 50% dos R$ 19,5 bilhões investidos em 2017 pelos bancos contra 32% investidos em hardware. Além disso, as instituições financeiras investiram 52% do total das novas tecnologias em Computação Cognitiva e Analytics, buscando melhor interação digital com seus clientes”, explica o texto publicado na Revista Brasileira de Finanças. A publicação aponta, ainda, que “A adoção do atendimento Multicanal pelos bancos, com a implantação do internet banking gera resultados positivos, com maior rentabilidade e menores despesas. Dessa forma, era esperado que o incremento no investimento em tecnologia continuasse gerando resultados positivos”.
O perfil do consumidor brasileiro também ajuda a entender a necessidade de digitalização dos serviços: o Brasil tem dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets. A estimativa é que em 2019 o país tivesse 420 milhões de aparelhos digitais ativos. É o que revelou a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP). “Entre os aparelhos, o uso de smartphone se destaca: segundo o levantamento, há hoje 230 milhões de celulares ativos no País. Já o número de computadores, notebooks e tablets em uso no Brasil é de 180 milhões. Houve um aumento de 10 milhões no número de smartphones ativos em relação a 2018. ”, destaca a publicação da revista Época Negócios.
Não se trata mais de ser fintech ou ser banco tradicional. Todos terão de ser digitais para atender a um público cada vez mais conectado. Por isso, nós da 4all temos todas as ferramentas para ajudar a sua empresa a ser cada vez mais online 😉
Fontes:
https://www.pwc.com.br/pt/estudos/setores-atividades/financeiro/2019/pesquisa-credito-digital-19.pdf
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/article/view/79189/76858