Vivemos a maior crise sanitária do século. A pandemia causada pelo novo coronavírus, que teve início em dezembro de 2019 e em pouco tempo tomou o globo, fez com que toda a população mundial encontrasse novas formas de seguir seu cotidiano em tempos de distanciamento social. Assim como a nossa vida, o nosso trabalho também mudou e dois novos modelos surgiram: o remoto e o híbrido.
Um aspecto que mudou crucialmente na rotina das pessoas foi o trabalho. Algumas empresas aderiram ao modelo home office, outras optaram por formatos híbridos. Mas, em ambos os casos, alterações foram necessárias. Com isso, startups viram uma oportunidade de nicho e passaram a criar aplicativos que buscassem facilitar esses processos de trabalho.
Mas isso não é necessariamente uma novidade. Mesmo antes da chegada do coronavírus, empresas do ramo da tecnologia já investiam em processos que permitiam controlar o fluxo de pessoas e, com isso, conseguiam monitorar a circulação dentro dos ambientes, por exemplo.
É o caso da Envoy, uma startup de São Francisco, nos Estados Unidos, que vendia software de registro de visitantes para empresas. Quando a pandemia começou, foi preciso se adaptar e, ao invés de rastrear e controlar o fluxo de pessoas, ela passou a oferecer um sistema de verificação para que fossem avaliados potenciais sintomas e a exposição ao coronavírus pelos trabalhadores.
Conforme acontece a reabertura dos negócios, tem ocorrido também a flexibilidade para que os funcionários voltem às rotinas presenciais. E, assim, a Envoy está mudando de estratégia novamente: por meio do Envoy Desks, um de seus novos produtos, ela tem possibilitado a reserva de mesas para os dias em que os colaboradores precisarem ir na empresa.
E no pós-pandemia?
Com um número cada vez maior de corporações que optam pelos regimes de trabalho home office e híbridos, nos quais os empregados não precisam ir presencialmente ou terão de comparecer apenas em alguns dias da semana, as organizações estão criando uma gama variada de novos softwares para a realização de encontros por meio de vídeo e recursos de comunicação digital entre os integrantes das equipes.
Estes modelos de trabalho têm gerado bons resultados e isso fica evidenciado no fato de que muitas empresas visam aderir ao formato de forma definitiva. Uma pesquisa realizada em maio, pela empresa de consultoria McKinsey, constatou que das cem companhias que participaram do estudo, pelo menos 90% planejam combinar o trabalho remoto ao presencial mesmo sendo seguro retornar ao escritório.
A oferta de recursos para trabalhos remotos também é um mercado com potencial e altamente lucrativo. De acordo com a Gartner (uma companhia de pesquisa de mercado), em 2020, empresas gastaram US$ 317 bilhões em tecnologia da informação para trabalho remoto. Para este ano, existe a estimativa de que os gastos aumentem para US$ 333 bilhões, segundo a empresa.
Impacto nas relações interpessoais
Esses novos modelos de trabalho possuem potencial para beneficiar a todos os trabalhadores, principalmente àqueles que não se sentem à vontade em ambientes de escritório ou com muitas pessoas, conforme explica Kate Lister, presidente da consultoria Global Workplace Analytics, em matéria publicada no site da Folha de São Paulo.
Também há pontos negativos: aquele espírito de coleguismo e camaradagem não ocorre da mesma maneira nos formatos home office e híbrido de trabalho. Esses aspectos eram comuns e possíveis durante as reuniões presenciais ou nas conversas espontâneas nos corredores da empresa, disse a presidente da consultoria Global Workplace Analytics à Folha de São Paulo.
Mas como as startups estão buscando mudar e melhorar isso? Com a criação de softwares que aproximem mais os funcionários da antiga realidade do escritório e da companhia dos colegas. Um exemplo é o trabalho desenvolvido pela Tandem, uma startup que cria aplicativos que buscam ajudar equipes de trabalho a colaborar melhor, recriando aquela sensação do ambiente presencial.
De acordo com Rajiv Ayyangar, presidente-executivo e um dos fundadores da Tandem, a ideia com os produtos da empresa é tentar recriar a “presença”, sabendo o que os colegas de equipe estão fazendo, em tempo real, mesmo que os trabalhadores não estejam juntos em um mesmo escritório, permitindo, assim, saber quando o outro usuário está disponível para uma conversa de vídeo espontânea via aplicativo.
Os novos modelos de trabalho, ainda que em período de aperfeiçoamento, já podem ser considerados como o futuro de muitas empresas. Por isso, investir em softwares que contribuam para que as experiências laborais sejam mais satisfatórias é um ponto importante. O futuro é agora e está acontecendo a cada dia!
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