“É só aproximar” e assim o pagamento por aproximação tem se tornado popular. Transações em poucos segundos, pagamentos por meio de aplicativos de mensagens ou que não necessitam encostar na maquininha de cartão para digitar a senha, têm se tornado uma prioridade para os usuários e, consequentemente, para as empresas.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) mostrou que, no ano passado, ocorreu um avanço significativo no número de pagamentos realizados através de meios de pagamentos que utilizam a tecnologia Near Field Communication, mais conhecida como NFC. O levantamento aponta que os números aumentaram 374%, totalizando 587 milhões de utilização no ano. A quantidade mensal de transações através de aproximação, que era de 22,6 milhões em janeiro de 2020, passou para 114 milhões em dezembro do mesmo ano. O estudo ainda mostrou que, de janeiro a dezembro do ano passado, o volume de operações foi de R$ 41 bilhões, somando as compras feitas com pagamento por aproximação de diferentes tipos, como cartões, smartphones, relógios inteligentes, entre outros dispositivos que fazem uso da tecnologia NFC. Comparado a 2019, o crescimento foi de 470%.
A Abecs acredita que as mudanças tecnológicas e comportamentais foram bem aceitas pelas pessoas principalmente por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus, que acelerou a popularização destes tipos de meios de pagamentos, já que evitar contato com pessoas e objetos é uma das principais medidas para evitar o contágio. A Visa, multinacional americana de serviços financeiros, também publicou um estudo recente que mostra que os registros de pagamentos por aproximação em dezembro do ano passado foram cinco vezes maiores em relação ao mesmo período de 2019. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 com o quarto trimestre do mesmo ano, segundo a companhia, o aumento foi próximo de quatro vezes.
A preferência ainda é os cartões
Ainda que a tecnologia NFC esteja presente em diferentes meios de pagamentos, como smartphones, relógios inteligentes ou pulseiras de aproximação, os cartões físicos seguem representando a maior parte dos pagamentos sem contato. Segundo a Abecs, 72% dos usuários optam por realizar seus pagamentos utilizando o cartão físico, enquanto 49% usam o celular, através das carteiras virtuais. O estudo também apontou em quais estabelecimentos a tecnologia foi mais usada desde o início da pandemia no Brasil. O ranking é formado pelos supermercados, mercados e mercearias em primeiro lugar, com 79%, em seguida estão as farmácias com 67%, e, fechando as três primeiras colocações, estão as redes de fast food/restaurantes, com 35%.
Mais limite para comprar
No final do ano passado, ocorreu o aumento no limite para os pagamentos feitos por aproximação, que passou a ser de R$ 200, válidos a partir de janeiro de 2021. Foi a segunda alteração de limite que ocorreu em 2020, motivada principalmente pelo aumento das transações com NFC. No mês de julho, o limite já havia sido mudado para R$ 100. Segundo a Abecs, o valor de R$ 200 possui relação com os valores gastos em 80% de todas as transações feitas com cartões. Percival Jatobá, vice-presidente de Solução e Inovação da Visa, explicou em publicação do site Noomis, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que o aumento do valor já era algo defendido pelo setor há algum tempo devido à conveniência aos consumidores. “A crise moldou a necessidade de buscar por experiências higiênicas, e os meios de pagamentos digitais são aliados na troca ao manuseio do dinheiro em papel”, explicou o executivo.
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Fontes
https://febrabantech.febraban.org.br/blog/limite-para-pagar-por-aproximacao-dobra-para-r-200
