Desde muito cedo o ser humano lida com processos evolutivos, sejam eles internos, ou então dos objetos ou sistemas que os rodeiam. Ao longo das últimas décadas, o sistema financeiro tem passado por inúmeras mudanças, que têm causado alterações na maneira com que as pessoas lidam com o próprio dinheiro. Cada vez mais, a tecnologia faz parte disso tudo.
Mas, de todas as mudanças, poucas impactaram tanto o setor e as pessoas nos últimos anos quanto a chegada das fintechs e do Pix, o meio de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central (BC) em novembro do ano passado.
As movimentações promovidas pelo próprio BC têm tornado o ambiente nacional cada vez mais aberto para novas empresas que oferecem algum tipo de solução financeira, além de tornar o espaço mais competitivo em relação à inovação. Dentro deste ecossistema, estão surgindo as Fintechs Embarcadas (Embedded Fintechs) que a cada dia ganham mais força.
Mas afinal, o que são as Fintechs Embarcadas? Como elas funcionam e quais os propósitos dessas empresas? Se você não sabe as respostas para essas perguntas, continue lendo que vamos te explicar melhor!
O que são as Fintechs Embarcadas?
Fintech Embarcada, ou Embedded Fintechs, é um modelo de negócio que pode ser aplicado a empresas que atuam em outro setor que não o financeiro, mas que desejam oferecer serviços e produtos financeiros para seus clientes, sendo alguns deles o Pix, a conta digital, as recargas para celular, o cartão de débito, ou então, o saque em caixa 24h.
Como muitas dessas empresas não são especializadas em ofertar esses produtos e serviços, é necessário usar do Banking as a Service. Por meio desta tecnologia, a instituição de pagamento ou incubadora de fintechs garante toda a infraestrutura para que outra empresa atue como uma fintech.
O mercado no movimento das Fintechs Embarcadas
Hoje em dia, inúmeras empresas de variados setores têm apostado na estratégia de Embedded Fintechs, mas há um maior destaque para as de e-commerce no varejo. Grandes marcas estão aproveitando o movimento e já incorporaram o sistema de fintechs embarcadas. Alguns exemplos são a Pernambucanas, a Magazine Luiza, a OLX, a Casas Bahia, as lojas Renner e Riachuelo.
Com isso, elas saem na frente, já que possuem a confiança e o reconhecimento junto às classes C, D e E, as quais possuem o maior número de desbancarizados, ou seja, elas já estão em contato com um público em potencial bem amplo, conhecem seus gostos e são tidas como confiáveis. Tudo o que uma empresa precisa para oferecer serviços financeiros, não é mesmo?
Outro exemplo de empresas que podem se beneficiar ao adotar o modelo de Fintechs Embarcadas são as de transportes e as redes de postos de combustíveis, pelo simples fato de que os caminhoneiros compõem boa parte da população desbancarizada no país. Desta forma, soluções com pagamentos digitais podem promover a inclusão e aumentar a procura pelos serviços oferecidos.
Quais as vantagens das Fintechs Embarcadas?
Poder ofertar soluções financeiras para os clientes é sem dúvida um diferencial de mercado. Quanto mais completo for o seu negócio, menores serão as chances de os seus consumidores ou usuários precisarem de outras empresas. Se tornar uma Embedded Fintechs pode ser a forma de criar um vínculo ainda maior com o seu público, além de criar uma gama de serviços que poderão tornar o seu negócio ainda mais independente.
Adotar este modelo de negócio também permite que o arranjo de pagamento seja controlado pela própria empresa, o que acaba reduzindo a dependência aos bancos tradicionais. Isso faz com que os valores fiquem circulando dentro do próprio ecossistema, aumentando o valor de mercado e o lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização.
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