Que o Pix se tornou o queridinho dos brasileiros, não é nenhuma novidade. O meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central é um verdadeiro sucesso. Para você ter ideia, até o final do mês de setembro foram realizadas 1,04 bilhão de transações via Pix, totalizando cerca de R$ 554.401.912. Podemos considerar que são números incríveis se levarmos em conta que a ferramenta está em atividade há menos de um ano.
Mas, como já falamos por aqui, com novidades surgem os golpes. E claro, que com o Pix não seria diferente. Segundo estudo realizado pelo Serasa Experian, a cada oito segundos, um brasileiro é vítima de golpes ou fraudes virtuais, sendo que os golpes envolvendo o Pix estão entre os mais frequentes. Por isso, bancos e varejistas decidiram criar seguros que cobrem até R$ 50 mil para fraudes envolvendo transações via Pix.
Abra o olho, os golpes estão aí
A cada dia as quadrilhas estão mais especializadas na difusão de golpes. Alguns foram apenas adaptados, já outros aproveitam-se dos atributos do novo sistema de pagamento. Veja quais são os casos mais comuns e como se proteger deles.
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Páginas falsas
Ao cadastrar suas chaves Pix, os usuários recebem via e-mail ou SMS um link para completar o procedimento. É justamente nesta fase que os golpes se iniciam. Neste caso, os usuários são direcionados para uma página falsa, muito parecida com a do seu banco, mas, que foi criada pelos golpistas.
Nela, são solicitados dados pessoas como CPF, e-mail, telefone ou dados bancários. É muito importante que você tenha certeza que a página que está acessando é realmente verdadeira.
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Falha no Pix
Geralmente este golpe é aplicado naqueles que acreditam em tudo que as pessoas dizem. Através de mensagens, quadrilhas informam que existe uma falha no sistema que irá beneficiar a vítima. Geralmente, a promessa é que o valor transferido será devolvido em dobro (mas podem ser aplicados outros golpes semelhantes). Seja qual for a situação, esse é apenas um artifício usado para levar os usuários e realizarem a transferência do dinheiro.
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WhatsApp clonado e perfil falso
A primeira situação, é um golpe que já é conhecido na praça, que antes mesmo do Pix surgir, quadrilhas já aplicavam. Mas, a chegada do meio de pagamento instantâneo permitiu que se tornasse ainda mais eficiente. As quadrilhas buscam formas de clonar o WhatsApp da vítima para ter acesso à lista de contato. A partir desse acesso, são enviadas mensagens para os contatos pedindo valores por meio de Pix.
Também é possível que criem um novo perfil no aplicativo de mensagens, com nome e foto do usuário legítimo, mas com um novo número telefônico. Com isso, também pedem dinheiro para amigos e familiares, alegando que se trata de um novo número.
Mais segurança quando o assunto é o Pix
Diante do aumento nos números e nas modalidades de golpes e fraudes envolvendo o Pix, algumas instituições decidiram proporcionar mais segurança aos usuários que são pessoa física, e que por ventura caiam em algum golpe ou fraude relacionados à transferências por meio da ferramenta. Empresas como Santander, Mercado Pago e Bradesco já anunciaram em seus sites a disponibilidade do serviço para seus correntistas.
O Santander criou o Santander Seguro Transações, que irá proteger os clientes que realizarem sob algum tipo de coação, transferências via Pix, mas o serviço também se estenderá para as modalidades DOC, TED e TEF. Os usuários já podem fazer a aderência do serviço por meio do aplicativo ou nos caixas eletrônicos do banco.
O Mercado Pago também viu a oportunidade de garantir maior segurança aos seus usuários e anunciou que irá ofertar uma solução em sua conta digital. “Com o objetivo de oferecer cobertura em caso de eventuais ocorrências, principalmente em ambientes externos, o Mercado Pago passa a disponibilizar seguros de perda, roubo e furto, proteção de compras, saques em dinheiro e saques e transferências sob coação – inclusive com Pix e Código QR”, informou a entidade por meio de nota.
O Bradesco já avisou que também está atuando para coibir possíveis fraudes e golpes, com um seguro que vale para operações feitas através do aplicativo do Bradesco em dispositivos perdidos, roubados ou furtados. Mas, segundo informações do site InfoMoney: “O banco ressaltou que o seguro não cobre fraudes envolvendo Pix, como casos de engenharia social, quando o cliente é convencido por um criminoso e faz um Pix por engano, por exemplo”.
Entenda como funcionam os seguros
As instituições financeiras possuem processos internos distintos, mas a lógica de funcionamento dos seguros será a mesma: os usuários poderão optar por pagar um valor mensal com o intuito de adquirir a cobertura caso seja vítima de algum ato fraudulento nas transações com o Pix.
Entre os bancos citados acima, podemos exemplificar utilizando o Santander. A entidade irá ofertar três tipos de planos, que possuem os valores mensais de R$ 9,99, R$ 18,99 ou R$ 24,99, com cobertura anual de R$ 3,5 mil, R$ 8 mil ou R$ 20 mil, respectivamente
“O cliente contará com a proteção do seguro quando ele for coagido a realizar um Pix ou uma transferência a partir de sua conta corrente no Santander, respeitando um período de carência. No caso de fraudes e golpes, a orientação é que o cliente se certifique, antes de realizar suas movimentações, sobre a idoneidade do destinatário dos recursos, já que este tipo de transação não será coberta pelo novo seguro”, explicou a instituição por meio de uma nota.
Os serviços de seguros já estão disponíveis em algumas instituições e, em outras, ainda estão em processo de implementação. E você, pagaria para ter mais segurança durante as operações via Pix?
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Fontes:
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/instituicoes-financeiras-criam-seguro-que-indeniza-em-casos-de-golpes-com-pix-veja-como-funciona/
https://www.serasa.com.br/premium/blog/golpes-e-fraudes-com-pix