Dia 26 de junho de 2020.
Em um momento onde a saúde é a prioridade, muitas pessoas adotaram os canais digitais disponibilizados pelas instituições financeiras para suprir a necessidade de ir ao banco, evitando possíveis aglomerações. Uma parcela da população considerada grupo de risco e que precisou se isolar são pessoas da chamada geração X, nascidas nos anos de 1960 e 1970, e que em muitos casos ainda não se adaptaram a todas as transformações trazidas pelos meios digitais, o que os torna mais vulneráveis a fraudes.
Desde que começou a pandemia, o número de golpes aplicados pela internet teve um aumento considerável com relação ao período anterior, quando ainda não se tinha isolamento social. Segundo pesquisa realizada pela empresa Refinaria de Dados, especializada em coleta e análise de informações digitais, entre 20 de março a 18 de maio, a busca por dados pessoais e bancários de brasileiros cresceu 108% na dark web. Essa é uma forma de obter informações necessárias para a realização de crimes. Outra maneira é buscar os dados diretamente com os titulares do cartão, muitas vezes por meio de ligações telefônicas
Golpes que visam obter dados, informações pessoais e senhas são conhecidos como “phishing”. Neles, por meio de ligações, criminosos se passam por representantes das empresas as quais as pessoas são clientes, e conseguem descobrir informações sigilosas para cometer as fraudes. Outro golpe que se tornou freqüente é o do falso motoboy. Nele, após contato telefônico inicial, uma pessoa é enviada para o recolhimento do cartão supostamente clonado, mas, na verdade, compras são feitas sem a autorização do titular. De acordo com Walter de Faria, diretor-adjunto de Operações da Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, em entrevista ao portal de notícias G1, as empresas não enviam nenhum tipo de colaborador para recolhimento de cartões. “Quando for descartar o cartão, é importante inutilizar o chip para impedir que novas compras sejam feitas”, alerta Faria.
Devido a tais ocorrências, diversas fintechs passaram a adotar procedimentos de proteção para oferecer ainda mais segurança a seus clientes. Um deles é o mecanismo de cartões pré-pagos com limite, criado pela empresa americana Eversafe. Este procedimento substitui os cartões de crédito e pode ser utilizado em um período específico pelo titular do cartão. Aqui no Brasil, a Prestho, fintech de Minas Gerais, optou por um modelo de dupla verificação, o chamado double check. Este dispositivo leva em consideração os valores e horários nos quais as transações são realizadas, somente sendo permitidas depois da a autorização de um familiar previamente cadastrado.
A Ilegra, empresa de design, inovação e software, realizou um mapeamento sobre o público da terceira idade, levando em consideração sua relação com a tecnologia. Segundo Caroline Capitani, VP da Ilegra e responsável por este mapeamento, foi constatado que os filhos podem ser os principais autenticadores de pagamentos e transações das pessoas de perfil sênior. “Percebemos que, mesmo distantes, eles podem dar um ‘double check’ nas movimentações. Essa é uma grande oportunidade a ser explorada”, afirma Caroline em postagem feita no site da Ilegra.
A tecnologia está avançando rapidamente e proporcionando grandes mudanças. Por isso, é importante ficar de olho nas novidades e conhecer as principais tendências do mercado para proporcionar experiências cada vez mais seguras aos clientes. Se você quer entrar no mercado das fintechs ou oferecer novos meios de pagamentos e não sabe por onde começar, nós, da 4all, podemos te ajudar!
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