Você já deve ter notado que ficou muito mais fácil oferecer cartão de crédito, conta digital e muitos outros serviços financeiros. Hoje em dia, empresas de diferentes segmentos têm disponibilizado cada vez mais soluções que até então eram exclusividade dos bancos.
É o caso do iFood e do Magazine Luiza, por exemplo. A marca de entregas criou a Conta Digital Ifood para dinamizar a rotina dos donos de restaurantes. Através dela, o cliente tem a possibilidade de realizar as transações com o intermédio do próprio aplicativo Conta Digital ou do Portal do Parceiro Ifood. Já a MagaluPay, é uma conta digital que permite transferências, depósitos nas lojas da rede ou no Banco do Brasil, pagamento de contas, sem cobrança de tarifas.
Mas como isso é possível? Essas empresas se tornaram bancos? Tudo isso tem a ver com o Open Banking? Qual o papel das fintechs nesse sistema? Quais as vantagens que esse modelo oferece? Todo tipo de empresa pode usar?
Confira a resposta para cada uma dessas perguntas!
É tudo banco?
Existem diversos níveis de instituições financeiras, e para se tornar uma delas é preciso seguir uma série de normas e padrões de segurança. Os bancos comerciais precisam ter um capital mínimo de 17,5 milhões, de acordo com a norma do Banco Central. Mas, com o BaaS é possível oferecer soluções financeiras sem esse investimento inicial.
O BaaS, ou banco como serviço, em tradução literal, é um sistema cujo objetivo é permitir que empresas de diversos tamanhos e setores comecem a oferecer produtos financeiros sem a necessidade de ser de fato um banco ou instituição financeira.
Assim, podemos considerar BaaS as plataformas digitais que permitem ter acesso às diversas facilidades online no formato “as a Service”. De forma simplificada, esse tipo de solução permite que instituições financeiras prestem serviços a empresas de diversos setores de atuação e não sejam autorizadas pelo Banco Central.
Como funciona
O BaaS torna possível que empresas tenham seu próprio “banco”, realizando operações financeiras e criando produtos e serviços sem que seja necessário se preocupar com diversas burocracias existentes, já que as mesmas ficam sob responsabilidade do desenvolvedor BaaS, devidamente autorizado.
No modelo de Bank as a Service, o banco tradicional “aluga” seu core bancário, o que garante as transações financeiras, e também oferece um conjunto de APIs a desenvolvedores registrados, permitindo que eles as usem através de um modelo de “auto-serviço”.
Na prática, podemos citar o seguinte exemplo:
Uma empresa deseja agregar serviços financeiros ao seu portfólio para expandir a oferta de soluções aos seus clientes, como no caso da Magazine Luiza, que inicialmente vendia itens domésticos.
Ela contrata uma plataforma white label para personalizar cada um dos produtos com a sua marca e a partir das APIs usadas no Banking as a Service poderá oferecer mais vantagens ao seu nicho de mercado do que os bancos tradicionais. Uma loja de vestuário poderá, assim, oferecer roupas com pagamento via QR code, ou ainda uma conta digital própria da marca.
O que são as APIs?
A sigla API vem da expressão em inglês Application Programming Interface, que, em tradução para um português literal, seria o mesmo que Interfaces de Programação de Aplicações. Em outras palavras, as APIs são rotinas com padrões de programação que permitem o desenvolvimento de aplicações associadas a serviços digitais.
Geralmente, elas são utilizadas por empresas que desejam disponibilizar suas plataformas para serem usadas por serviços externos, sem intervenção dos usuários finais. Apesar de não ser do segmento financeiro, um caso bem conhecido é a API no Google Maps.
Através de um código usual, sites adaptam e usam os dados Maps diretamente em suas páginas. Por exemplo, quando é feita a busca por uma estadia, é possível visualizar dentro do site do hotel a sua localização exata. Isso colabora na hora de procurar o melhor caminho para chegar até o local, o que acaba facilitando a experiência do usuário.
APIs por dentro, white label por fora
No Banking as a Service, essas APIs fazem a comunicação entre o desenvolvedor (uma fintech, por exemplo) e a empresa que irá oferecer os serviços financeiros aos seus clientes. A empresa que oferece o serviço fica com boa parte da responsabilidade com as licenças, legislação, operações, compliance e segurança, por exemplo.
Assim, a empresa que contrata, além da conexão com a plataforma de programação e do core bancário, também usa o que se chama de produtos white label, ou “etiqueta branca” da plataforma escolhida. Ou seja, ela pode personalizar os produtos e serviços com suas próprias identidades visuais e sem necessidade de identificar a desenvolvedora – e sem investir esforços e dinheiro no desenvolvimento de tudo isso.
Esse modelo vem amadurecendo e caminha para proposições cada vez mais sofisticadas, mesclando linhas de produtos e serviços que atendam a necessidades ainda não supridas por players tradicionais de serviços financeiros.
BaaS e Open Finance
O Open Finance é uma iniciativa do Banco Central que irá facilitar o compartilhamento de dados e informações bancárias, mediante aprovação prévia dos clientes, entre instituições e players com o objetivo de incentivar a competitividade no Sistema Financeiro Nacional.
Com isso, é esperado que o sistema financeiro fique mais transparente, as burocracias sejam reduzidas e os usuários dos serviços bancários possam contar com diferentes opções para garantirem maiores benefícios.
Com a utilização do Open Banking aplicada ao BaaS, será possível ter acesso às informações bancárias de cada cliente, permitindo a criação de produtos adequados à realidade e necessidade de cada público.
De acordo com a consultoria global Deloitte, três grandes fatores habilitam e potencializam a evolução das ofertas de BaaS no Brasil:
- A digitalização e migração das infraestruturas para nuvem;
- O Open Finance, que potencializa a infraestrutura para o crescimento de plataformas de APIs;
- Um cenário regulatório cada vez mais propício para entrada de novos players que buscam oferecer uma jornada mais completa para o consumidor final, atendendo a um consumidor cada vez mais exigente.
Tanto o Open Banking como o BaaS têm APIs abertas que permitem que soluções sejam ofertadas por terceiros. A diferença é que Open Banking é um esforço coordenado pelo Banco Central e torna a informação mais acessível para um maior número de organizações, seguindo o consentimento dado pelo cliente para as instituições.
Principais vantagens
Os serviços financeiros digitais, como o BaaS, costumam ser mais atraentes e bem menos burocráticos para todos os envolvidos.
Como a experiência do cliente é a principal bússola para a oferta de produtos e serviços, é fácil dizer que investir em BaaS é uma ótima opção. Com ele você pode ser extremamente assertivo, escolhendo o tipo de produto que faz sentido para a sua clientela, de forma rápida e muito mais simples que os bancos tradicionais.
As principais vantagens de investir nesse modelo de negócio são:
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Geração de receita: como os serviços financeiros criados pelo Banking as a Service são da sua empresa, as taxas e tarifas que os seus parceiros e clientes pagariam para outras instituições financeiras ficam na sua empresa.
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Redução de custos: consequência direta do item anterior, utilizar BaaS é mais econômico porque você só vai pagar pelas soluções que escolher, dando adeus aos pacotes fechados com produtos ineficazes para você.
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Personalização de serviços: como a contratação funciona de forma modular, você pode escolher os produtos que fazem mais sentido para as suas necessidades e estratégias.
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Atração e fidelização de clientes: devido à simplicidade que geralmente caracteriza o Banking as a Service, a crescente atração de novos clientes é uma consequência natural do processo. Conhecer o seu público e oferecer exatamente o produto que vai suprir a necessidade dele impacta na satisfação e fidelidade com a marca, trazendo, além de economia, ainda mais receita.
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Praticidade: funcionar meio de APIs torna todo o processo muito simples! Através dessa ferramenta, a empresa poderá contar com processos de ponta a ponta otimizados, práticos e simples de compreender.
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Facilitar pagamentos: com o Banking as a Service, não é necessário depender de outras organizações para realizar operações financeiras. Com ele você pode oferecer opções de pagamento de boletos, cartões, transferências e outros serviços para seus clientes.
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Eficiência nas operações: o Banking as a Service oportuniza novos negócios, além de favorecer a rentabilidade e a eficiência operacional das empresas.
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Parcerias com fintechs: nesse modelo sua empresa pode acessar consultoria e suporte na área de fintech, permitindo que você opere sob suas licenças e autorizações, ou mesmo criar novos modelos de negócios.
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Transformação digital: ter a infraestrutura BaaS estimula uma inovação maior e mais fácil. Soluções como automação e APIs abrem o caminho para escalar o Banking as a Service de forma acelerada, simplificando a implementação de tecnologia e serviços digitais.
O que uma plataforma de BaaS tem?
Uma plataforma de BaaS geralmente oferece serviços relacionados com contas de pagamento (ou conta digital). Assim, geralmente, são ofertados os seguintes serviços, entre outros:
- Cadastro PF e PJ
- Transferência em lote
- Depósito via TED e via Boleto
- Transferência P2P e TED
- Pagamento via QR Code
- Saldo e extrato
- Pagamento de contas
- Pix
Normalmente, empresas responsáveis pelo desenvolvimento dos sistemas de BaaS também oferecem suporte e consultoria para os negócios, envolvendo o desenvolvimento de soluções para prevenção à fraude, pagamentos, recebimentos entre outras muitas possibilidades!
Como a 4all pode te ajudar?
Por aqui, inovação tecnológica e segurança jurídica e institucional andam juntas. Temos uma plataforma completa e robusta para atender as mais diversas necessidades do seu público, com todos os certificados de compliance e segurança exigidos pelo mercado..
Possibilitamos que qualquer empresa possa oferecer soluções de pagamentos, ainda que este não seja o foco principal da sua atuação. Um dos principais exemplos é o BeesBank, a conta digital da Ambev para os micros e pequenos estabelecimentos, criada pela 4all. A nossa plataforma está proporcionando à Ambev deixar de ser somente uma distribuidora de bebidas para ser também uma geradora de soluções financeiras.
Além de contribuir para que sua empresa tenha uma nova fonte de receita, a nossa plataforma permite que você escolha somente os serviços que vai usar e os personalize com a sua identidade visual, operando com o princípio de white label.
Como toda a aplicação do BaaS é feita via API, nossos parceiros também não precisam se preocupar com as questões regulatórias, com o desenvolvimento das soluções ou com o tempo de implementação, pois tudo fica por nossa conta.
Projetando o futuro
No longo prazo, espera-se que as plataformas de API proporcionem uma transformação radical do setor de serviços financeiros. Essas transformações não movimentam apenas o setor financeiro, mas também a área de bens e consumo, telecomunicações, tecnologia, entre outros.
Nesse contexto, soluções de BaaS começam a ser alavancadas e vistas como opção de incremento em modelos de negócios que não têm a ver com serviços financeiros (como o caso do iFood, que citamos no início do texto), customizando o modelo digital para se tornarem mais atraentes e lucrativas no longo prazo.
Tudo isso com a redução da burocracia, impulsionando a demanda por novas fintechs e experiências financeiras integradas e simplificadas. Assim, é possível criar valor, fortalecendo o negócio principal de uma empresa, mas também conquistando novos clientes ao diversificar o portfólio, trazendo novas fontes de receita.
A sua empresa já está pronta para essa revolução? Se você, assim como os nossos parceiros das Lojas Lebes, da Globo, do Itaú e da Cervejaria Ambev acredita que a tecnologia pode em serviços financeiros pode transformar o seu negócio! Conheça os nossos cases e entre em contato com a gente.
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