Dia 30 de abril de 2020.
Mais do que vendaval, dinheiro na mão é um importante fator para o funcionamento da economia.
Muito tem se falado sobre economia e seus impactos na vida de todo mundo. Nesse mar de informações, alguns termos vem se repetindo em diferentes cenários. Quando se fala em medidas para facilitar o crédito, a palavra liquidez não sai do vocabulário, seja de governantes, banqueiros ou empresários. Mas, afinal, o que é liquidez e qual a sua importância para o sistema financeiro?
De modo bastante direto, podemos dizer que a liquidez é a capacidade de um patrimônio se transformar em dinheiro. Ou seja, quanto mais rápido for possível converter o ativo em dinheiro, mais líquido ele é. Nesse sentido, o ativo mais líquido de todos é o próprio dinheiro. Imóveis e automóveis, por exemplo, levam mais tempo e esforço para serem vendidos, o que os tornam menos líquidos.
No contexto atual, pensar a liquidez é um fator importante por diversos motivos. Um dos principais é que liquidez tem a ver com dinheiro circulando. “Quando a economia está aquecida e crescendo, é normal que circule mais dinheiro entre as pessoas, empresas e governo. Mais gente está empregada, o que significa que as pessoas podem comprar mais coisas, mantendo um bom fluxo de receita para as empresas. [..] Portanto, quando a economia está em alta, a liquidez geralmente é alta. Mais dinheiro tende a circular e há maior facilidade para obter crédito”, explica reportagem do site Nexo.
Porém, quando o momento é de crise, a tendência é que ocorra o contrário. A falta de consumo leva ao desemprego, pessoas desempregadas não consomem ou consomem menos, e, assim, uma menor quantidade de dinheiro circula, gerando uma espiral economicamente negativa, debilitando o sistema e afetando diretamente a liquidez geral do ecossistema. Para tentar manter a rede econômica ativa, o governo e as instituições financeiras vêm realizando uma série de medidas para injetar dinheiro no mercado, oferecendo facilidades para obtenção de empréstimos para evitar demissões ou manter a produção, além do socorro emergencial oferecido diretamente para que as pessoas consigam se manter minimamente durante a pandemia, o que também significa continuar consumindo.
Nesse cenário, a concessão de diversas formas de crédito vem ganhando destaque entre os esforços para manter a economia girando. Entre as modalidades, o microcrédito tem se mostrado uma alternativa interessante, especialmente para os micro e pequenos empresários, que muitas vezes não conseguem acesso ao sistema tradicional de financiamento por não terem garantias para oferecer. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), “O microcrédito é caracterizado pela simplicidade e agilidade na análise, aprovação e liberação dos recursos”. O Sebrae ainda lista as principais características desse tipo de crédito:
- É voltado ao financiamento das atividades produtivas dos pequenos negócios;
- O valor financiado é compatível com as necessidades do negócio e a capacidade de pagamento;
- Os prazos de pagamento são curtos, ligados à finalidade do financiamento e ao fluxo de caixa da atividade empresarial;
- O financiamento de capital de giro ocorre de acordo com o giro das mercadorias ou da produção e comercialização ( no caso dos investimentos em máquinas, os prazos poderão ser mais longos na medida da capacidade de retorno financeiro do investimento);
- Os prazos para liberação dos recursos variam de instituição para instituição. No entanto, o crédito é rápido, pois busca permitir que o cliente aproveite a oportunidade de negócio;
- Exigências de documentos e outras burocracias dependem de normas da instituição concedente;
Segundo reportagem do jornal “Estadão”, tanto as instituições financeiras tradicionais quanto as fintechs têm flexibilizado as regras para emprestar dinheiro durante a crise. Entre as facilidades estão a redução dos juros e o aumento da carência para pagamento. “A IOUU, plataforma de empréstimo coletivo, anunciou que vai diminuir as taxas de juros para dar fôlego aos pequenos negócios. A variação agora será de 1% a 3,6% ao mês. Antes, as taxas variavam, mensalmente, de 1,3% a 3,9%”, exemplifica a publicação.
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Fontes:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/03/24/O-que-%C3%A9-liquidez.-E-por-que-pa%C3%ADses-agem-para-aument%C3%A1-la-na-crise