Uma vida financeira mais conectada e 100% digital – essa tem sido a realidade de muitas pessoas em diversos países do mundo. Mesmo sem as conhecidas agências físicas, os usuários estão optando por contas em bancos totalmente digitais ao invés dos convencionais. A informação é de uma pesquisa realizada pelo C6 Bank/Ipec em abril deste ano. Desde que surgiram em 2012, os bancos digitais vêm conquistando cada vez mais espaço nos celulares e no coração de milhares de pessoas, graças às suas propostas descomplicadas e ferramentas totalmente tecnológicas.
O estudo realizado pelo C6 Bank/Ipec mostrou que ao menos 36% dos entrevistados abriram conta em bancos digitais durante a pandemia e que, entre os jovens, as transações diárias ocorrem em sua maioria através das fintechs. Dentro dos 57% dos brasileiros com acesso à internet que possuem conta em bancos digitais, cerca de 47% ainda mantêm contas nas instituições tradicionais e digitais ao mesmo tempo e 10% optaram por encerrar a prestação de serviços oferecidos pelas instituições convencionais. Dentro deste cenário, a pesquisa apontou que os brasileiros com acesso à internet das classes A, B e C costumam manter em média 3,6 contas em bancos ou em outras instituições financeiras ao mesmo tempo. Para quem busca ter uma saúde financeira mais organizada, isso pode acabar se tornando um problema.
Além de contas corrente e poupança, o estudo expôs que são mantidas ativas as contas salário, contas de pagamento e contas de investimentos. Entre os perfis participantes do estudo, os homens possuem mais contas ativas do que as mulheres. Entre eles, a quantidade média chega a 4,1, e entre as mulheres vai a 3,2 contas. Em um momento onde o sistema bancário passa por mudanças relevantes, como a maneira de relacionamento entre os usuários e as instituições, a digitalização dos processos e a implementação do Open Banking, o acúmulo de contas acaba chamando a atenção.
Até o final deste ano devem ocorrer todas as fases de implementação do Open Banking, o que tornará o sistema financeiro mais aberto, permitindo que os usuários acessem suas contas de diferentes instituições financeiras a partir de um único aplicativo. “Essa é mais uma etapa importante do processo de democratização do acesso aos serviços bancários no país, que já vem se consolidando com o avanço das instituições digitais”, afirmou Maxnaun Guitierrez, chefe de produtos e pessoa física do C6 Bank ao site Valor Investe.
O estudo também mostrou outros aspectos que têm ocorrido devido às mudanças do mercado e à aderência aos bancos digitais. Quando o quesito são transações como depósitos, saques e pagamentos, os bancos tradicionais ainda são preferência dos usuários, chegando a atingir 65% da preferência dos entrevistados, enquanto apenas 31% usam os bancos digitais. Mas, ao fazer um recorte por idade, os números mudam. Entre os brasileiros na faixa etária de 16 a 24 anos, os bancos digitais já superam os tradicionais: 51% contra 41%. Esse processo de digitalização ganhou ainda mais força com a pandemia. A necessidade de isolamento social e de corte de gastos nos orçamentos familiares acabou acelerando a migração dos brasileiros para o ambiente digital.
A análise feita pelas instituições que realizaram o estudo apontou que 17% dos entrevistados estão há mais de um ano sem visitar uma agência física e outros 11% há mais de sete meses. Outro aspecto que contribuiu para a maior utilização dos bancos digitais foi o auxílio emergencial, que podia ser transferido para os bancos digitais antes do prazo previsto pelos calendários do Governo Federal. “Quando analisamos o histórico de um consumidor digitalizado, vemos que a trajetória natural para o ambiente digital começa pelas redes sociais, passando por e-commerce, para então chegar ao mundo financeiro. Com a pandemia, o digital tornou-se vital e as pessoas tiveram que fazer essa migração de forma mais rápida”, explicou Maxnaun Gutierrez, em entrevista ao blog do C6 Bank.Os bancos digitais chegaram ao mercado oferecendo soluções isentas de taxas, com aplicativos simples, acessíveis e intuitivos. Uma análise feita pela Proteste, entidade que visa a valorização e defesa dos direitos de compra dos consumidores, constatou que aqueles que aderem a opções com menos taxas podem economizar até R$ 994,00 por ano. As fintechs chegaram para ficar e facilitar cada vez mais a vida dos clientes.
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Fontes
https://valorinveste.globo.com/produtos/servicos-financeiros/noticia/2021/06/09/brasileiro-mantem-quatro-contas-em-bancos-ao-mesmo-tempo-em-media.ghtml
https://www.revistacobertura.com.br/noticias/servicos-financeiros/57-dos-brasileiros-com-acesso-a-internet-ja-tem-conta-em-bancos-digitais/
