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2020, um ano para os novos bancarizados

Somente neste ano, cerca de 10 milhões de brasileiros foram incluídos ao sistema financeiro.

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A pandemia causada pelo novo Coronavírus tem possibilitado que bancos e fintechs criem uma outra visão a respeito da prospecção de clientes. Afinal, é preciso repensar as estratégias quando vivemos em um país onde cerca de 45 milhões de pessoas não possuem qualquer tipo de vínculo com empresas de serviços financeiros. Os chamados desbancarizados são cada vez mais observados e vêm ganhando a atenção das empresas. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva em 2017, o Brasil está entre os 10 países com o maior número de desbancarizados do mundo. 

Por aqui, os desbancarizados ficaram mais visíveis após a liberação das primeiras parcelas do auxílio emergencial pelo governo federal. Como fazer o dinheiro chegar a quem sequer tem uma conta corrente, especialmente em um momento no qual o isolamento social é uma das principais indicações para o controle da pandemia? Ao mesmo tempo em que o auxílio evidenciou o problema, ele também colaborou para que o número de pessoas sem conta bancária tivesse uma queda ao longo deste ano. “A participação do auxílio nesse movimento foi grande porque, ou você era bancarizado, ou não recebia o recurso”, explica Estevão Garcia, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), em matéria publicada no site da Folha de São Paulo. Este movimento conseguiu alcançar principalmente a parte da população de baixa renda, sendo fundamental para sua inclusão no sistema financeiro.

No final de fevereiro, o último mês antes da chegada do vírus no Brasil, cerca de 165,6 milhões de brasileiros possuíam contas ou utilizavam algum tipo de serviço financeiro. Atualmente, esse número saltou para 175,4 milhões de pessoas. O crescimento dos bancarizados já vinha sendo monitorado pelas instituições, no entanto, em 2019 o progresso não era tão acentuado. No ano passado cerca de 3,5 milhões de pessoas passaram a fazer parte do sistema financeiro, um número baixo em comparação a 2020, que nem acabou e já beira a casa dos 10 milhões. 

Um ponto crucial que tem influenciado para a bancarização de parte da população é que muitos dos serviços prestados pelos bancos e fintechs passaram pelo processo de digitalização. Assim, quando há o acesso à internet via aparelho celular, os usuários acabam tendo mais facilidade para conseguir entrar nos canais digitais das instituições, possibilitando uma vida financeira ativa. Vivendo a era em que o acesso a informações está na palma da mão e a poucos toques na tela do próprio celular, a digitalização é cada dia mais presente e necessária para os usuários. Além de tornar a vida dos usuários mais prática, este processo também acarretou na desburocratização de alguns serviços que antes eram considerados inacessíveis. Entram nessa lista a abertura de contas e a realização de pagamentos, por exemplo.

Apesar dos avanços, a inclusão financeira segue sendo um desafio, principalmente com a chegada do novo meio de pagamento do Banco Central, o Pix, previsto para entrar em circulação em 16 de novembro, e que pode aumentar a independência dos usuários. Desde que foi anunciado, ainda em fevereiro, o Pix vem sendo comentado ao longo deste ano. Visto pela grande maioria com bons olhos e como um facilitador para pagamentos cotidianos, existem aqueles que ainda estão com dúvidas sobre a novidade. A ferramenta traz como diferencial a sua disponibilidade. O Pix poderá ser usado pelos usuários durante sete dias da semana, incluindo feriados, além de estar disponível 24h por dia. Além disso, a ferramenta poderá encerrar um ciclo entre os usuário e as instituições financeiras. Isso pode acontecer devido à possibilidade dos usuários de mandarem dinheiro para outras pessoas e até mesmo empresas de maneira instantânea e independente de qual for a instituição de recebimento.

Um estudo realizado pela empresa de consultoria Consumoteca apontou que o brasileiro não está precisamente preocupado com o fato de estar ou não usando um banco para fazer suas transações ou pagamentos. “O cliente quer transacionar o dinheiro, fazer pagamentos e resolver os seus problemas, independente de estar ou não usando um banco para isso. E esse é um movimento que tende a se intensificar ainda mais com a chegada do Pix, uma vez que o novo sistema vai desmaterializar a fronteira do que é ou não uma instituição financeira”, explicou o antropólogo e sócio da Consumoteca, Michel Alcoforado, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Recentemente traçamos um raio-X com os principais tópicos que você precisa saber a respeito do Pix, o novo meio de pagamento lançado pelo BC. Se você ainda tem dúvidas, é hora de conferir esse conteúdo!

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Fontes

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/10/pandemia-leva-a-bancarizacao-de-quase-10-milhoes-de-pessoas.shtml

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/10/auxilio-emergencial-infla-retomada-nos-estados-do-norte-e-do-nordeste.shtml

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/10/metade-dos-consumidores-diz-nao-precisar-mais-de-bancos-para-pagar-contas-aponta-estudo.shtml

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