O mercado das startups do segmento financeiro segue em ritmo constante e acelerado de crescimento. O setor busca ser inclusivo quando o assunto é novos clientes, no entanto, ainda se mostra fechado e com alguns preconceitos quando o assunto são os investimentos em algumas empresas do próprio ramo. Uma pesquisa realizada pela Crunchbase, empresa que fornece dados, ferramentas e pesquisas sobre empresas privadas, apontou que as organizações fundadas apenas por mulheres, cerca de 3,8% nos Estados Unidos, obtiveram apenas 0,9% do valor total de dinheiro arrecadado pelas empresas do setor financeiro nos primeiros dez meses de 2020.
Nos últimos cinco anos, fintechs fundadas por mulheres obtiveram em média 50% menos capital que as formadas por homens. Um dos pontos que pode causar essa disparidade nos números é o preconceito de gênero de capitalistas de risco quando adotam decisões de financiamento, conforme explica o relatório publicado pela empresa de auditoria e consultoria empresarial Deloitte. Empresas fundadas por mulheres enfrentam inúmeros problemas em um ambiente majoritariamente formado por homens, o que torna ainda mais difícil a sobrevivência no ramo. “Estamos operando nesta intersecção de finanças e tecnologia, que são ambos setores lamentavelmente sub-representados pelas mulheres, em primeiro lugar.”, explicou Alaina Sparks, diretora-gerente e líder da prática de fintechs dos EUA na Deloitte, em entrevista publicada no site Money Times.
Somente nos três primeiros trimestres de 2020, as fintechs levantaram um recorde de US$ 16,9 bilhões, um aumento de 20% em relação ao ano anterior, de acordo com a Crunchbase. O mesmo levantamento mostra que as startups financeiras que tem entre seus fundadores homens e mulheres representavam quase 11% das empresas que conseguiram atrair capital, mas, apesar disso, recebiam apenas cerca de 6,9% do financiamento total.
O financiamento para fintechs criadas por mulheres, ou que possuíram uma fusão entre homens e mulheres, começou a cair após atingir picos no ano de 2017 e 2018 em comparativo a 2019 e 2020, já que levantaram menos financiamentos de grande porte nesses últimos dois anos. “A porcentagem do universo para fundadores do sexo masculino já é grande, então continuamos a ver mais dólares indo para eles conforme essas rodadas se expandem”, explicou Katie Palencsar, coordenador do programa Female Innovators Lab, o qual é administrado pela empresa de capital de risco Anthemis e pelo Barclays, que apoiam mulheres em startups financeiras.
Foi recomendado pela Deloitte que os investidores em fintechs avaliassem se tais preconceitos contribuem para a tomada de decisão, além de solicitar que houvesse maior diversidade entre empresas de capital de risco. Instituições financeiras estabelecidas precisam buscar parcerias com fintechs fundadas por mulheres, explicou a consultoria por meio de suas pesquisas.
Diversidade e resultados
Segundo pesquisa realizada pela DDI, empresa de análise e pesquisa, e a Ernst & Young (EY) ainda em 2018, a diversidade – principalmente de gênero – impulsiona diretamente o resultado de um negócio. O estudo, que fez um panorama da liderança global em vários aspectos (diversidade, transformação digital, propósito, cultura, entre outros) analisou dados de 2,4 mil empresas de 54 países, informa a publicação da revista Época Negócios. Segundo o levantamento, as empresas que tiveram 30% de diversidade de gênero – e mais de 20% no nível sênior – apresentaram melhores resultados financeiros na comparação com as demais.
Nós, da 4all, acreditamos na diversidade e nas oportunidades para todos. Buscamos cada vez mais, um mercado igualitário, onde cada pessoa, indiferente do gênero, possa contribuir para fortalecer e melhorar os resultados da nossa e da sua empresa. Vamos descobrir juntos como deixar o seu negócio ainda melhor? Fale com a gente! Temos um time supercapacitado para atender às suas necessidades.
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