O mercado das fintechs cresce em ritmo acelerado, com isso, o número de investimentos nessas empresas aumenta a cada dia. Uma pesquisa publicada pelo Banco de Compensações Internacionais, o BIS, uma organização internacional responsável pela supervisão bancária, mostrou que o Brasil concentra em média 50,5% dos negócios em fintechs na América Latina. Este número é a soma de investimentos, negociações e financiamentos que o mercado possui. Somente entre 2015 e 2018, no Brasil, esse mercado movimentou aproximadamente US$ 2,5 bilhões em acordos de investimento e outras negociações com startups financeiras. A maior parte desses investimentos foi direcionada a bancos digitais e empresas de serviços de pagamento.
Em comparação aos demais países do continente, somos a nação com os números mais elevados. Isso fica evidente se comparado à Colômbia, país que ocupa a segunda colocação no “ranking” e que teve pouco mais que US$ 1 bilhão de investimentos durante o mesmo período. Na América Latina, cinco países além do Brasil se destacam segundo a publicação, são eles: Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. Outro aspecto liderado pelo Brasil é o de número de negócios fechados: ao todo foram 222 acordos ao longo do período analisado. O país que mais se aproximou dos números brasileiros foi o México, que teve 100 negociações no mesmo espaço de tempo.
Somente entre 2017 e 2019 houve um crescimento de 130% em investimentos em startups financeiras da América Latina, um total de US$ 2,66 bilhões, o equivalente a R$ 11,23 bilhões, de acordo com estudo realizado pela empresa de consultoria Finnovating, uma plataforma global de inovação aberta que ajuda grandes companhias a se conectarem a startups. As empresas brasileiras foram as que mais receberam recursos, chegando a um total de US$ 1,34 bilhão, média de 70% do total de investimentos. Na sequência, vieram as fintechs do México (US$ 396 milhões), da Argentina (US$ 152 milhões) e da Colômbia (US$ 21 milhões).
Os estudos tiveram como objetivo analisar o ecossistema das startups financeiras no contexto das particularidades da América Latina. As pesquisas identificaram que os avanços nos investimentos nesse mercado se deram principalmente pelas características da região, como o grande número de pessoas desbancarizadas e a alta adesão às novas tecnologias. Outro ponto que tem contribuído para isso é o desenvolvimento de uma regulação que seja favorável ao surgimento das startups. Isto permitiu que o mercado crescesse de forma acelerada no Brasil desde 2018. Um modelo desburocratizado, aliado a taxas menores e facilidade de crédito foi a forma que as empresas encontraram para atrair mais pessoas e assim uma maior utilização das instituições financeiras digitais em pouco tempo.
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