01 de outubro de 2020.
A pandemia vem alterando a vida da população mundial. Pessoas perderam seus empregos, empresas tiveram prejuízos incalculáveis e, em alguns casos, precisaram encerrar suas atividades. Este tem sido um ano de incertezas, mas, apesar de tudo, algumas empresas têm conseguido aproveitar o momento para aumentar seus lucros e, consequentemente, ajudar a economia. Este é o caso de muitas fintechs, startups financeiras que vêm mudando a maneira como as pessoas se relacionam com o dinheiro e, ainda, trazem inovações para o mercado.
Durante a pandemia, as fintechs vêm desempenhando um papel importante na economia, que possivelmente irá se estender para o período pós-crise. Mas como e por que essas startups financeiras estão obtendo tanto sucesso e captando novos clientes neste período? Isso é causado principalmente por serem empresas vistas como disruptivas, ou seja, quebram a maneira tradicional de lidar com o dinheiro. Enquanto muitas das grandes instituições financeiras se mantêm dentro de padrões de negócios rígidos e antigos, as fintechs buscam oferecer serviços e produtos inovadores, além de proporcionar operações com um custo mais baixo em comparação aos bancos tradicionais ou até mesmo sem custo.
Outro ponto que fortalece a adesão às fintechs neste período de crise é o seu papel inclusivo e democrático para a parcela da população conhecida como desbancarizada, que no Brasil soma 45 milhões de pessoas. Essa parcela movimenta anualmente cerca de R$ 817 bilhões, segundo a Fintechs de Crédito 2019, pesquisa realizada pela PWC. Oferecer abertura de conta, serviços e limites de crédito sem a maioria das burocracias convencionais são pontos que têm atraído muitas pessoas para os bancos digitais.
O período pós-crise poderá ser mais um momento de fortalecimento das fintechs, se for levada em consideração a nova cultura adotada durante a pandemia. Muitas das atividades diárias, como ir até a empresa trabalhar, ou até mesmo conversar com os amigos, migraram para o digital. O fato das pessoas passarem mais tempo dentro de suas casas fez com que muitos hábitos fossem revistos e novos surgissem. Entre eles, as compras online, que têm se mostrado um item básico de sobrevivência no “novo normal”. Para as fintechs, isso é um prato cheio: com as transações online aumentou também o número de adeptos aos bancos digitais. Pessoas idosas, por exemplo, que tinham o hábito de ir até as agências para resolver problemas e conversar com seus gerentes, encontraram todas as soluções por meio dos aplicativos em seus celulares. Os uso dos meios de pagamentos digitais e do internet banking se popularizaram, e com o passar do tempo tendem a crescer ainda mais.
No atual cenário, equilibrar a balança entre encontrar novas formas de oferecer produtos e serviços, pagar funcionários e manter as contas em dia não está sendo fácil para as pequenas e médias empresas (PMEs), que muitas vezes têm dificuldade no acesso ao crédito. Os motivos são variados: a demora dos pacotes anunciados pelo governo chegarem efetivamente às instituições financeiras; o fato de que os grandes bancos muitas vezes dão preferência a produtos próprios e mais caros; ou a necessidade de oferecer garantias reais, que muitas vezes as empresas menores não possuem. Por possibilitarem o acesso ao crédito de maneira mais rápida e menos burocrática, as fintechs estão conquistando a fidelidade de empresas que buscam se manter ativas no mercado.
As mudanças de comportamento e o movimento disruptivo das startups na atual conjuntura econômica são cada vez mais necessários. Chegar em públicos não atingidos por outras instituições e expandir ainda mais o crédito para as pequenas e médias empresas (PMEs) são pontos que devem fortalecer o segmento, democratizando o acesso ao crédito e permitindo que todos tenham a possibilidade de ter uma vida econômica ativa, fácil e ágil.
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Fontes
https://www.conexaofintech.com.br/fintech/o-papel-das-fintechs-na-restruturacao-da-economia-pos-pandemia/