Dia 17 de abril de 2020.
Linhas de crédito e financiamento de salários estão entre as medidas adotadas pelo Governo federal e a medida envolve as fintechs e as pequenas empresas
O cenário trazido pela pandemia do novo coronavírus pede respostas rápidas das autoridades e da sociedade em geral. Em relação às fintechs e às pequenas empresas, autorizações permitem diferentes tipos de transações. Além disso, novas modalidades de empréstimo foram regulamentadas.
Recentemente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) concedeu uma autorização exclusiva ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para repassar recursos às fintechs aprovadas como Sociedade de Crédito Direto (SCDs).
Com isso, a partir de maio, as fintechs cadastradas na plataforma online de solicitação de crédito do BNDES, o Canal MPME, passarão a operar com recursos do Banco, aumentando a concorrência desse mercado e facilitando a chegada do dinheiro a quem precisa, devido à penetração desse tipo de instituição.
Dentre os ganhos dessa iniciativa, estão: a inclusão financeira de empresas que tinham dificuldade de acesso ao crédito, a desconcentração bancária, o empoderamento do empresário e a maior eficiência na distribuição de recursos financeiros.
Assim, as fintechs poderão apoiar o BNDES na oferta dos R$ 5 bilhões disponíveis para capital de giro, anunciado pelo governo entre as primeiras medidas emergenciais diante da crise.
De acordo com uma publicação do site “Valor Econômico”, a autorização para que fintechs de crédito emitam cartões e repassem recursos do BNDES vai melhorar a liquidez dessas companhias. No entanto, originar operações num cenário de risco aumentado será um desafio para a capacidade de gestão delas, segundo relatório da agência de classificação de crédito Moody’s.
Linha de crédito para ajudar as pequenas empresas
O governo federal também anunciou uma linha de crédito emergencial a juros reduzidos para pequenas e médias empresas (aquelas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões) no valor de R$ 40 bilhões.
O objetivo é financiar a folha de pagamento e garantir empregos. Pela iniciativa, o governo vai arcar com os salários de funcionários que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.090) durante dois meses. Por isso, o valor será repassado diretamente para as contas dos trabalhadores e estará ligado aos CPFs dos funcionários.
Durante o período do financiamento, a empresa não poderá demitir seus trabalhadores. Essa linha de crédito prevê juros de 3,75% ao ano, com zero de spread bancário, ou seja, não haverá lucros para os bancos nesta operação. As empresas contarão com carência de seis meses para começarem a pagar o empréstimo, que poderá ser parcelado em até 36 meses.
R$ 5 bilhões do BNDES para micro, pequenas e médias empresas
Como iniciativa de apoio ao enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia do coronavírus, o BNDES expandiu a oferta de capital de giro da linha de crédito para negócios com faturamento anual de até R$ 300 milhões até 30.09.2020, com limite de financiamento de até R$ 70 milhões por ano. Pelo menos R$ 5 bilhões estarão disponíveis para apoio às MPMEs. Para solicitar seu financiamento, é preciso procurar um agente financeiro credenciado do BNDES, que pode ser um banco ou uma agência de fomento. Confira aqui a lista completa dos agentes financeiros credenciados.
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Fontes:
https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/04/01/74f5801e-destaques.ghtml