Ao longo dos meses, muito falamos a respeito do crescimento no número de clientes que optam pelos bancos digitais. Isso não é mais uma novidade para nós e, certamente, não é para vocês.
Apesar de não ser um assunto novo, sem dúvida é um tema importante: de acordo com uma pesquisa divulgada recentemente, realizada em parceria entre o N26 e a Accenture, no mundo todo, 23% dos usuários de bancos e seguros possuem conta em pelo menos um banco digital, o que equivale a cerca de 450 milhões de clientes.
Segundo os dados do estudo, a quantidade de usuários de bancos digitais pode triplicar para 1,4 bi em 28 países. Existe a estimativa de que o número possa aumentar e chegar a quase 70% (dos 450 milhões) a nível global de clientes, aspecto que triplicaria o tamanho do mercado atual.
A pesquisa também mostrou que os países que possuem mais clientes com contas digitais são: Arábia Saudita (54%), Emirados Árabes Unidos (51%) e Brasil (44%). Nosso país também se destaca em outro quesito, que é o dos países que demonstraram crescimento mais acelerado do modelo no decorrer dos últimos dois anos. O ranking ficou composto por Suíça (82%), Brasil (73%) e Austrália (58%).
Um dos principais fatores que contribuiu para que houvesse este crescimento no número de usuários, foi a confiança que os bancos digitais conseguiram transmitir para os clientes, principalmente durante a pandemia causada pela COVID-19, que alterou a maneira com que as pessoas lidam com assuntos bancários e financeiros.
“É claro que construir e ganhar confiança é um fator significativo no futuro de nosso setor, especialmente porque não temos o legado de séculos que os bancos tradicionais possuem. No entanto, a pandemia mostrou que devemos nos concentrar no futuro, não no passado”, disse Alex Weber, diretor de crescimento da N26 em entrevista ao portal Fintech Brasil.
O estudo ainda apontou que, em níveis globais, os clientes dos bancos digitasi são em sua maioria do sexo masculino. Estes usuários chegam a porcentagem de 59%, já a participação feminina é de 41%. Enquanto a nível global existe uma ampla disparidade dos números, no Brasil já acontece um maior equilíbrio entre os lados. O público formado por mulheres chega a cerca de 52%, enquanto os homens compõem 48% do número de clientes dos bancos digitais no país.
A pandemia e a chegada do auxílio emergencial foram fatores que também contribuíram para que fosse iniciado novos relacionamento entre as entidades e os usuários. Consequentemente, os números de clientes dos neobanks cresceram ao longo de 2020 e 2021.
Mesmo assim, ainda há um longo percurso a ser percorrido para que todos os serviços bancários e financeiros estejam distribuídos para todas as parcelas da população, principalmente que chegue aos desbancarizados.
“Nos últimos anos, vimos grandes avanços na relação dos brasileiros com os bancos. O acesso digital e o relacionamento mais próximo e centrado no usuário permitiu a abertura de milhões de contas digitais. Mesmo assim, a relação do brasileiro com o dinheiro não melhorou”, disse Eduardo Prota, CEO da N26 Brasil ao portal Finsiders.
O que isso significa para a sua empresa
O cenário bancário e financeiro brasileiro tem sido de muitas oportunidades para diversas empresas, de diferentes setores que não sejam especificamente dos que lidam com soluções e serviços financeiros. As fintechs têm ajudado na implementação de soluções financeiras de vários tipos. É o processo que chamamos de fintechzação do mercado.
Dentro do movimento de fintechzação, surgiram fenômenos e oportunidades para diferentes modelos de negócios. Podemos citar como exemplos o Embedded Fintechs e o Embedded Finance. Nos dois exemplos sua empresa passa a ofertar serviços e soluções financeiras integradas ao seu negócio. O Embedded Fintechs visa entregar serviços e produtos financeiros como o Pix, uma conta digital, recargas para celular ou até cartão de débito aos seus clientes. Claro, tudo customizado de acordo com a sua marca.
Já que em muitos casos oferecer este tipo de serviços e produtos não está no DNA das empresas de outros setores, é necessário usar soluções de Banking as a Service. Através deste modelo, a instituição de pagamento ou incubadora de fintechs garante toda a infraestrutura para que outra empresa atue como uma fintech.
Já o Embedded Finance, busca entregar opções relacionadas ao dinheiro para negócios que até então não possuíam relação direta com o mundo financeiro. Por meio do Embedded Finance, as possibilidades financeiras podem ser incorporadas ao portfólio da empresa e ofertadas aos clientes finais. Serviços como contas correntes ou empréstimos e financiamentos, podem ser incorporados ao negócio.
Seja qual for o seu negócio, as fintechs podem ser ótimas parceiras para inovar os serviços e produtos de sua empresa. O ano está chegando ao fim, mas ainda dá tempo de pensar os caminhos para o ano que vem e iniciar 2022 com novidades.
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Fontes:
https://fintechsbrasil.com.br/2021/12/08/quantidade-atual-de-clientes-bancos-digitais-pode-triplicar-para-14-bi-em-28-paises-mostra-pesquisa-da-accenture-com-n26/
https://finsiders.com.br/2021/12/08/numero-de-clientes-de-bancos-digitais-pode-triplicar-no-mundo/