Dia 28 de fevereiro de 2020.
A Tecnologia vem revolucionando os hábitos de consumo em diversas partes do globo. Os aplicativos de carteira digital são uma tendência que vem crescendo, e as projeções são promissoras: de acordo com uma publicação do site Valor, o uso das wallets deve avançar com consistência nos próximos anos. O cenário é empolgante.
“Hoje, o comércio eletrônico é um mercado de US $ 2,2 trilhões e está se expandindo a uma taxa de crescimento anual de 24%, quatro vezes mais rápido que o setor de varejo global como um todo. O comércio eletrônico está se tornando o principal mecanismo de crescimento para o varejo: sua contribuição aumentou de 7% em 2012 para 39% em 2017 e esperamos que ultrapasse 50% até 2020”, aponta a publicação da consultoria Bain.
O futuro é das wallets. Por isso, preparamos um panorama sobre como elas estão sendo usadas em diferentes partes do mundo. Confira:
Segundo uma publicação no site da Consultoria Bain, em 2005, a Índia era um mercado de comércio eletrônico nascente, com um grande número de participantes, incluindo Flipkart e Myntra, competindo pela liderança de mercado. Desde então, o mercado de aplicativos de carteira digital se consolidou, com Amazon e Flipkart detendo mais de 60% da participação de mercado. A Amazon implantou investimentos significativos desde que entrou no mercado em 2013, e a Flipkart fortaleceu sua posição por meio de uma série de aquisições de concorrentes, como a varejista de eletrônicos LetsBuy.com em 2012, a varejista de moda Myntra em 2014 e o eBay India em 2017.
Na China, ainda de acordo com a consultoria, a Alipay da Alibaba desempenhou um papel fundamental na promoção do comércio eletrônico sem dinheiro, fornecendo um serviço de pagamento de caução que reduz o risco de transação para os compradores on-line, que têm a capacidade de verificar se estão satisfeitos com os produtos adquiridos antes de liberar fundos para o vendedor. O país foi o mais veloz na adoção de aplicativos de carteira digital: os smartphones realizaram uma verdadeira revolução na China, levando muitas pessoas – e quando falamos da China, muitas pessoas, são muitas mesmo – a saírem dos computadores de mesa diretamente para os celulares, principalmente no interior. Esse movimento tem a ver com um estímulo do governo, que detém as maiores companhias telefônicas do país, e, deste modo, regula a distribuição da internet. Esse boom popularizou o acesso à rede móvel, e também às formas de pagamento on-line. Consequentemente, as carteiras digitais, entre as quais se destacam a Alipay e a WeChat Pay, se tornaram populares.
Danilo Fukoshima explica, em seu trabalho “Tokenização na Rede de Pagamentos”, apresentado na Fundação Getúlio Vargas, que “Essas carteiras ganharam mercado graças a uma série de diferentes funcionalidades disponíveis aos consumidores chineses, tais como, os pagamentos QR Codes, que já representam 90% de adoção pelos consumidores chineses, o Go Dutch, para divisão de contas em bares e restaurantes, o Red Packets, para envio do tradicional pacote vermelho chinês para ocasiões especiais e a integração com apps de terceiros dentro da própria wallet, como a Didi Chuxing, maior companhia de táxi chinesa e a rede americana de café Starbucks”.
Os aplicativos de carteira digital no ocidente
No maior centro de capitais do mundo, os Estados Unidos, o cenário vem se transformando. Em 2019, pela primeira vez, segundo a consultoria eMarketer, a carteira “queridinha da América”, a da Starbucks, foi desbancada pela Apple Pay, que se tornou líder de mercado. Nos EUA, a tecnologia para pagamentos móveis por proximidade está ganhando força, especialmente em serviços corriqueiros, como compras em mercados. De acordo com as projeções da eMarketer, o gasto total via pagamentos móveis por proximidade chegaria a US $ 100 bilhões em 2019 nos EUA.
Já no Brasil, em 2019, cerca de 61% dos brasileiros com smartphones dos grupos sociais A, B e C já utilizavam as carteiras digitais, como mostrou a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). O uso das carteiras digitais devem crescer no Brasil e a razão é cultural: o brasileiro adora um smartphone.
De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Mobile Time e Opinion Box, 85% dos internautas brasileiros com smartphone já realizaram compras de bens físicos através de um app, e 17% já realizaram um pagamento por aproximação com seu smartphone.
Entram na lista dos apps mais utilizados no país Uber Eats, Rappi e Amazon. “Além de comprarem produtos físicos com os seus smartphones, os brasileiros também são heavy users de aplicativos de mobilidade urbana, delivery e serviços digitais – todos motores importantes para a adoção das eWallets”, destaca o site PagBrasil.
Fontes:
China Link
Startse